domingo, 8 de maio de 2011

...só desgraça...



Sem vontade de mais ler, ouvir ou tomar atenção a um qualquer escrito postado aqui ou ali, tento entender as mais diversas maneiras de pensar da amargurada plebe, seja ela de finco partidário ou não. De longe estava esperando que tal pudesse acontecer. Quando jovem, sempre pensei que a lógica seria um denominador comum face a factos reais, provados. A lógica seria mais ou menos comum à populaça de média categoria (tal como me entendo), fazendo num momento dado pensar, mesmo com algumas dúvidas, naquilo que, por mais insólito que fosse, de uma maneira correcta, ou pelo menos lógica, qual gato escaldado em água fria...

Neste preciso momento venho de ler um resumo noticiado das medidas para formação de governo pelo PSD, dos comentários de um prof catedrático, bem como alguns comentários a um aparecido vídeo no youtube sobre o que os Finlandeses deveriam saber acerca de um nico de história do nosso (agora) pobre país.

A conclusão a que chego, e passados 48 anos da minha existência que considero mesmo assim ínfima, mas não infame, neste mundo, é deveras aterradora. Tendo 2 filhos com idades de começar a ter consciência das coisas mais importantes que a vida lhes poderá um dia reservar, apercebo-me que, não estando só, outros filhos de outras pessoas encontrarão também, em casa, o tal bocadinho de tempo de falas familiares onde se tem por costume humano, moldar personalidades e caracteres face aos anos que mais à frente irão encontrar. Exorcizar medos juvenis e fazer pensar de maneira lógica é fundamental. Mas nunca excluir o aporte da pura lógica encontrada em cada pergunta colocada, nem sequer minimizar a sede do saber, fruto da inocência juvenil e precioso filosofismo da inocência latente nas jovens cabecitas.

Por isso escrevo hoje com uma nova prudência que me aflige de cada vez que me quero relatar face ao que vejo, oiço, sinto, desejo, no dia a dia.

Se por um lado não acredito em Portugal politicamente, por outro sinto-me (e como muita gente se deve sentir) , perplexo com a chuva de mentira, raiva, ódio e afins, que aí se vê escrito por todo o lado. Considero que os portugueses tomaram a política como que de uma equipa de futebol se tratasse. Mesmo que perca, ou não tenha elementos que joguem para sair vitoriosos dos jogos, a culpa será sempre da outra equipa, arbitragem, declarações de treinadores, etc etc. Mas seremos SEMPRE da nossa equipa. Seremos SEMPRE encarnados , verdes ou azuis, e rezaremos sempre para que o team adversário PARTA A PERNA. Que lhe caia um raio em cima.

Ora acontece que, na política, vislumbra-se cada vez mais essa mesma tendência. Cada vez mais tomamos de assalto toda e qualquer opinião contrária à opinião de um nosso líder, todo e qualquer comentário mesmo que (e reparem bem ) lógico e óbvio - é rapidamente ridicularizado, espezinhado, desacreditado - só pelo facto de o alvo ser o nosso partido, o nosso líder. Basta que seja feito por um adversário nosso.

Assim nasce, pouco a pouco, a intolerância. Assim nasce pouco a pouco a verdadeira e perversa má fé, o ódio, a semente do MAL. Assim se assiste ao estilhaçar em mil bocados de um povo, de costumes e crenças, da colectiva moral social, e , consequentemente , da honra de cada um de nós.

Ao fim ao cabo, e como não sou partidário, até me alegro de poder escrever com relativa simplicidade e sem problema algum aquilo que me vai na alma, podendo assim, e por estarmos à porta de mais umas eleições dizer o que digo:


Acho que todos nós sabemos que nada foi e é mais infértil para o nosso país que a propaganda de mentira executada de forma excelente após o 25 de Abril. Politicamente estamos mal servidos e doentes graças ao tal povo que se deixa enganar por mentira compulsiva. Esse povo não reconhece o erro que tem vindo a praticar porque se tornou cúmplice da demagogia que tanto os políticos como ele próprio (povo) alienou cabeças agora cheias de informação porca, inútil, medonha, passada na TV, nos jornais, nas rádios...nos congressos. Esse povo tornou-se afinal, cliente do mais indesejável óbvio, quando esse mesmo óbvio é a mentira!

Portanto, sendo livre, e acreditando que poderei assim perecer um dia, não tenho nada que me possa calar face ao que vejo leio, ouço ou sinto. A sociedade portuguesa foi dividida, e está cada vez mais dividida graças a 6 anos de governação ainda mais compulsivamente mentirosa, enganosa, porca, nojenta, que as anteriores. Uma governação ainda menos habilitada, menos escrupulosa, nada valiosa em termos de valores humanos, e muito menos em honra pessoal. Este PS foi o partido político mais fétido, mais pobre, mais divisor do povo português desde o tal dia de Abril.

Hoje, ao ver que nos partidos nascem homens idênticos em pensares e agires como os que faz 6 anos tomaram o poder com uma votação que em nada era mais que metade da populaça, e se tornaram reis do meu país, das palavras, das opiniões e da pseudo verdade (mentira), só posso acreditar em quem quererá, um dia, alterar de forma extrema a constituição, reduzir o lobo que nos come - estado, governo, lugares na assembleia, empresas públicas, institutos, fundações, governos civis etc etc.

Reduzir, reduzir e reduzir deverá ser a palavra de ordem do nosso povo, sabendo afinal todos nós que, sempre foi e será o governo deste país, as leis deste país, a atirar ESTE PAÍS PARA O ESTADO EM QUE HOJE NOS ENCONTRAMOS: A MERDA !!!

Já não sei se é o 1º Ministro que tem a culpa de ser mentiroso, falso e demente, se é o tal povo afiliado à equipa de futebol que quer, nada mais, vencer o jogo de domingo chamado Legislativas do 5 de Junho. Já não sei se é o Passos Coelho querer reduzir a merda que está a mais, ou a Manuela Ferreira Leite ter avisado (aquando em campanha e frente ao actual 1º ministro) que isto se iria dar... ou se é o tal povo cada vez mais desunido graças a este impostor do PS que, já completamente absorto de desinformação e absolutamente convicto da sua estupidez comida de propaganda que dará a vitória, e por maioria absoluta, de novo, a esta desgraça pública de moral, de valores, de falta de Pátria, de corrupção, de baixeza, de desunião nacional, de ódio entre gente (povo) que nunca necessitou de cantares revolucionários para ser UNIDO!!!

Custa-me acreditar que a honra que os nossos avós tinham, seja hoje motivo de risadas e jocosidade. Custa-me entender uma palavra chamada democracia levar ao ponto de divisão e ódio nacional mútuo instalado na nossa sociedade.

Custa-me saber cada vez mais porca a política. Custa-me saber orgulhosamente que gente como eu apenas escreve baixinho pois escrevendo alto seria igual à besta que no alto edifica.


MS